As coisas acontecem, é assim, simplesmente. Muitas vezes, tudo o que sentimos, e temos para crer, são alguns momentos de paz, de plenitude. Algo nos faz perceber que estamos no lugar certo, e que tudo parece estar sob controle.
Em outras ocasiões, é a preocupação, a apreensão. Acostumo-me(!?). Na tv, os fatos violentos, e tantas outras verdades pipocam na retina, rapidamente, com flashs de cores fortes. O efeito estufa, o medo, a violência, a prostituição infantil, a perspectiva da falta de água potável daqui a tão pouco tempo. Pequenas tartaruguinhas, recém saídas da casca do ovo, correm instivamente para o mar, e para continuarem vivas. Porque é assim que elas são, é apenas o instinto falando alto, a natureza as impulsiona a fazerem o que deve ser feito. Ponto. Assustados, os biólogos precisam resfriar os ninhos feitos na areia da praia. Devido a elevação da temperatura atual(! há décadas?), os ovos são literalmente cozidos e muitos filhotes já perdem a batalha antes de nascer. Predadores naturais que nada, é o homem e sua ação destruidora. É ridículo, degradante. Eu não consigo mais entender. Ou então, entendi tudo. Os olhos ardem, a cabeça ameaça doer.
Acho que tenho tomado muito café. Aí, fico mais atenta, acordada, e acabo raciocinando demais. Alucinando com a brutalidade da verdade. A realidade. Ela cansa. Todo dia, logo de manhã, logo de tarde, e mais, logo mais à noite.
Tantas palavras, e análises, esperanças e sementes, plantadas em terreno árido. Basta tão pouco, resta tão pouco. Falta uma palavra, uma frase, dita do jeito certo. Vai ver, não há mais nada a ser dito.
28 de jan. de 2010
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